Ser ateu não é nada porque se tenha de pedir desculpas. Pelo contrário, é algo de que se deve ter orgulho e que nos faz andar de cabeça erguida e olhos postos no horizonte, porque o ateísmo é, quase sempre, sinal de uma independência de espírito saudável e, inclusivamente, de uma mente sã. Há muitas pessoas que sabem, bem lá no fundo, que são ateias, mas que não ousam admiti-lo perante as famílias, nem mesmo, em alguns casos, perante si próprias. Isto deve-se, em parte, à circunstância de se ter feito da própria palavra «ateu» um rótulo terrível e assustador.
Richard Dawkins, A Desilusão de Deus, Casa das Letras, 2007, 468 pp.
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